domingo, 13 de setembro de 2009

Este Amor que afinal, é a minha vida
E que será, talvez, a minha morte,
Amor que me acalora e me intimida,
Que me põe fraco quanto me põe forte;
Este Amor, que é um broquel e é uma ferida,
Vai decidir, por fim, a minha sorte.

Por ele, fica perto o Paraíso,
Por ele, inda mais perto fica o Inferno.
Meu coração soluça de indeciso...
[- Não morrerás, Amor, porque és eterno:
que seria de mim... sem teu sorriso?
Quem, depois do Verão, suporta o Inverno?...]

(Hermes Fontes)