segunda-feira, 28 de setembro de 2009
aquele aperto no meu peito aumenta cada vez que você se vai, cada vez que você vira as costas e vai andando para cada vez mais longe, meu sorriso já não consegue ser tão grande e tão sincero, as vontades que eu insisto em abafar tornam-se incontroláveis, ao mesmo tempo em que os sonhos se expandem o medo e a covardia os reprimem, sei que são utopias e talvez isso me impeça de sonhar, o futuro é muito incerto e isso bloqueia você nos meus sonhos, não por mim, já aprendi a me controlar e me conformar com certas coisas, mas tenho medo por você, medo do que se passa dentro de você, se seus sonhos vão tão longe quanto os meus, se não seria absurdo colocar-te neles pois talvez você poderia fugir, simplesmente virar as costas e ir andando para cada vez mais longe, só que dessa vez para não voltar, reprimo meus sonhos cada vez que o medo de não ter mais você ao meu lado se intensifica e me domina, sei que é besteira e talvez você já cansou de me falar isso mas não consigo ser de outro jeito, pensar outras coisas ou tomar outras atitudes, simplesmente o amo e não consigo mudar, meus sonhos voam tão alto mas será que você os aceitaria? quanta vontade de sair daqui mas enquanto você estiver ao meu lado a minha vida eu não decido sozinha e essa escolha é minha, só minha, então por favor não leve muito a sério e não me deixe com a incerteza de que meu medo pode ser real. por mais que você saiba muito mais que antes, tenha acesso a uma parte mais restrita minha sempre haverá aquela que ninguém tem a chave, ninguém tem o código que quebra o medo que a protege, pois não basta apenas confiança, eu preciso mergulhar em seus pensamentos e por mais que seja metódico eu preciso de alguma certeza de não ser completamente rejeitada, de não paracer louca ou infantil ou utópica ou o que você queira chamar, eu preciso às vezes quase sempre que me lembrem da minha importância pois minhas bases são muito frágeis e estão sempre ameaçando cair, elas possuem um bom revestimento mas por dentro é meio oca, você consegue entender como isso é ruim? todas as minhas incertezas são consequências minhas, sempre haverá uma parcela da culpa que será minha, sempre nunca serei boa o bastante e qualquer coisa que você diga será o suficiente para reforçar isso. você compreende agora porque algumas coisas são tão ruins de ouvir, de fazer, de falar? tudo reforça meus medos, tudo abala minhas bases, tudo me destrói, então eu preciso constantemente ser reconstruída, pois tenho a consciência de que a qualquer momento posso desabar, cada instante pode ser o último e o medo sempre me atormenta por ter essa consciência.