sábado, 28 de fevereiro de 2009

where'd you go?
I miss you so,
seems like it's been forever,
that you've been gone
please come back home...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

as pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas. ame-as MESMO ASSIM.
o pára-quedas é o único meio de transporte que, quando enguiça, você chega mais depressa.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

a Gabriela é uma anta lálálálálá
ser emo é uma merda.
ele
+
eu
ah
meu
deus
não
é
à
toa
que
deu
no
que
deu

(Tchello d'Barros)
primeiro faça. filosofe depois.
Teimosia
(Ana Küsche)

profundidade na sombra de um azul cintilante, disciplina nos 3,7 cm de delineador, mas gostam mesmo de mim borrada pelas manhãs...
quem aspira a aparecer, renuncia a ser. (José Ingenieros)
para um barco novo, capitão velho.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Não te amo
(Almeira Garret)

Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
Este inferno de amar
(Almeida Garret)

Este inferno de amar — como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida — e que a vida destrói —
Como é que se veio a atear,
Quando — ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra; o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… — foi um sonho —
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar…
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus,
Que fez ela? Eu que fiz? — Não no sei
Mas nessa hora a viver comecei…
Ausência
(Vinicius de Moraes)

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O cérebro

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada, não aparece no índice de eventos do dia, portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente). O cérebro já sabe qual marcha trocar. Ele simplesmente pega suas experiências passadas e as usa, no lugar de repetir realmente a experiência.
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de sua noção de passagem do tempo... Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir: as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas, (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a ROTINA. Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque). Mude, fazendo algo diferente e Marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque suas férias com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma,
visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá à shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque amar o seu companheiro de maneiras diferentes. Seja diferente. Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... Em outras palavras: VIVA!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado(a) ou com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é, o caráter é o que você realmente é. A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova, o caráter é o que você tem quando vai embora. A reputação é feita em um momento, o caráter é construído em uma vida inteira. A reputação torna você rico ou pobre, o caráter torna você feliz ou infeliz. A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura, o caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus.
Corra e cole os pedaços, corra e segure meus pés no chão porque eu estou quase voando, ou me faça voar novamente com você. Por favor, não espere o sanduíche ou a festa do ano, não espere a minha próxima assoada de nariz e a minha cara assustada perdida na sua ausência. Venha logo, traga de volta a minha certeza, não deixe, por favor, não deixe.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

all day staring at the ceiling
making friends with shadows on my wall
all night hearing voices telling me
that I should get some sleep
because tomorrow might be good for something

domingo, 15 de fevereiro de 2009

estou com sintomas de saudade
estou pensando em você
eu só quero que você caiba
no meu colo porquê
eu te adoro cada vez mais
como eu te quero tão bem..
Eu encontrei-o quando não quis
mais procurar o meu amor
e o quanto levou foi pra eu merecer
antes um mês e eu já não sei
e até quem me vê lendo jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei
[...]
4 meses! e que tal sermos o Romeu e a Julieta?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O que seria dos dias bons se os ruins não existissem para mostrar o quão bom pode ser um dia? (Welington Ferreira)
na vida, quem perde o telhado ganha as estrelas.
te ver triste me deixa triste, mesmo sem saber o que é.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

você foi tudo que eu não pude evitar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

foi uma cena de filme, um momento perfeito, só o final é que não foi feliz.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

E mais uma vez sofremos pelas nossas neuroses e nossa mania infinita de sentir demais! Mas não importa de onde vem tudo isso, que magia é essa, que sintonia é essa. Não importa nada. Só importa o nosso pacto de ser feliz, de sorrir, de encontrar um grande amor, de se encontrar, de se apaixonar, de continuar sentindo intensamente (mesmo que doa um pouquinho depois), de se encantar, de brilhar. A coisa é toda bem simples, como deve ser, e mais uma vez a gente se prometeu, se permitiu um pouco. Nos permitimos amanhecer brilhando mais forte.
Eu contei a ela todas as coisas esquisitas e bobas que eu fiz nos últimos dias. E contei a ela do meu vazio, da minha dor, do meu pesar, da minha lágrima, do meu sangue, da minha fome, da minha sombra, dos buracos no meu coração. Contei tudo. Ela me contou tudo também. E eu senti tristeza por ela e por mim e dor por ela e por mim. Ela me entendeu em dois segundos e me disse palavras bonitas, conselhos bonitos e versinhos bonitos. Dois segundos depois eu entendi ela também e para não perder o costume disse a ela palavras bonitas, conselhos bonitos e versinhos bonitos. Ai ela me contou do vazio dela, da ausência dela e de repente tudo pareceu uma coisa só: o que eu sentia, o que ela sentia. Tudo junto numa coisa só. E foi como uma chuva lavando a alma da gente depois de um dia cheio. Era sintonia. Era magia. Era afinidade. Ficamos feliz e o vazio ficou preenchido naquele momento: ainda que fôssemos loucas iríamos para o hospício juntas.
Sobre Ideais ...
(José Ingenieros)

Os ideais são faróis luminosos que, de trecho em trecho, iluminam a rota. As pessoas sem ideais são quantitativas, podem apreciar o mais ou o menos, mas nunca distinguem o melhor do pior.
tô com saudades de você, debaixo do meu cobertor
de te arrancar suspiros, fazer amor
tô com saudades de você, na varanda em noite quente
e o arrepio frio que dá na gente
tô com saudades de você, do nosso banho de chuva
do calor da minha pele, da língua tua
tô com saudades de você, censurando o meu vestido
as juras de amor ao pé do ouvido
eu sinto a falta de você, me sinto só, eaí, será que você volta?
não queria chorar por você, não queria pensar em coisas erradas, coisas que me machucam e deixam uma dúvida enorme, não queria pensar que posso perder você, que deixei de ser interessante, que não sentiu tanto a minha falta, que você nem sente tudo isso, que o erro foi meu. tudo que eu faço é pra tentar te fazer feliz, e não ver você assim acaba comigo.
Criação
(Luís Fernando Veríssimo)

Na velha questão sobre a origem da humanidade, eu defendo o meio-termo. Um empate entre Darwin e Deus. Aceito a tese darwiniana de que o Homem descende do macaco, mas acho que Deus criou a mulher. E nós somos a conseqüência daquele momento mágico em que o proto-homem, deslocando-se de galho em galho pela floresta primeva, chegou na planície do Éden e viu a mulher pela primeira vez.
Imagine a cena. O homem-macaco de boca aberta, escondido pela folhagem, olhando aquela maravilha: uma mulher recém-feita. Como Vênus recém-pintada por Botticelli, com a tinta fresca. Eva espreguiçando-se à beira do Tigre. Ou era o Eufrates? Enfim, Eva no seu jardim, ainda úmida da criação. Eva esfregando os olhos. Eva examinando o próprio corpo. Eva retorcendo-se para olhar-se atrás e alisando as próprias ancas, satisfeita. Eva olhando-se no rio, ajeitando os longos cabelos, depois sorrindo para a própria imagem. Seus dentes perfeitos faiscando ao sol do Paraíso. E o quase-homem babando no seu galho. E, com muito esforço, formulando um pensamento no seu cérebro primitivo. "Fêmea é isso, não aquela macaca que eu tenho em casa."
Há controvérsias a respeito, mas os teólogos acreditam que quando Eva foi criada por Deus tinha entre 19 e 23 anos. E ela reinou sozinha no Paraíso por duas luas. E, instruída por Deus, deu nome às coisas e aos bichos. E chamou o rio de rio e a grama de grama, e a árvore de árvore, e aquele estranho ser que desceu da árvore e ficou olhando para ela como um cachorro, de Homem. E quando o Homem sugeriu que coabitassem no Paraíso e começassem outra espécie, Eva riu, concordou só para ter o que fazer, mas disse que ele ainda precisaria evoluir muito para chegar aos pés dela. E desde então temos tentado. Ninguém pode dizer que não temos tentado.
oi, tudo bem?
eu estou aqui sentado, com dor na coluna e sendo chamado de "tiozinho". QUALQUER um perguntaria: como você ainda consegue sorrir? - é facil, basta olhar essa grande LOIRA... essa grande LOIRA que está sentada à minha esquerda. agora quem faz a pergunta sou eu: como não sorrir com ela? como ainda ousam perguntar isso a mim? - obviamente não perguntaram, mas você já sabe a resposta.

você ainda é o mesmo?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

não sei dizer o que mudou, mas nada está igual.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

o egoísmo não consiste em vivermos conforme os nossos desejos, mas sim em exigirmos que os outros vivam da forma que nós gostaríamos. (Oscar Wilde)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Último abraço
(Samuel da Costa)

Ah, se eu soubesse que era a última vez...
não teria dito nada do que disse,
não teria feito nada além de te abraçar
e aproveitar cada segundo sem tirar os olhos de você...
Se tivessem me avisado que era a última vez,
eu poderia implorar pra que você ficasse mais um pouco,
só pra te explicar que mais um pouco seria muito pouco,
e que por menos que fosse, já seria muito pra mim...
Se eu soubesse, ah, se eu soubesse!
te falaria mil coisas, sem dizer uma palavra,
te mostraria mil dias de agonia, em um olhar...
E quando você estivesse saindo, eu te chamaria de volta,
só pra dizer mais uma vez o "eu te amo" que ninguém mais vai ouvir,
e te dar um último abraço, com o amor que ninguém mais vai te entregar.